Objetivos
Módulo 1
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Identificar as fases de desenvolvimento do couro cabeludo segundo a descrição da anatomia do pelo
Módulo 2
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Enumerar as propriedades físico-químicas do cabelo com base na definição de embriologia e histologia do pelo
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Identificar as fases de desenvolvimento do couro cabeludo segundo a descrição da anatomia do pelo
A tricologia, por sua vez, constitui a seção da medicina especializada em tratamentos capilares. Ela estuda pelos ou cabelos e afecções ou doenças do couro cabeludo. Seu tratamento exige uma base de conhecimentos de:
![Fonte: Shutterstock](img/icone-fio-de-cabelo.png)
Anatomia
![Fonte: Shutterstock](img/icone-fio-de-cabelo.png)
Histologia
![Fonte: Shutterstock](img/icone-fio-de-cabelo.png)
Embriologia
![Fonte: Shutterstock](img/icone-fio-de-cabelo.png)
Propriedades físicas e químicas da região
O conhecimento das estruturas do couro cabeludo e dos pelos (ou cabelo), desse modo, é de suma importância para o tricologista.
Para Pastana e Souza (2017), “os pelos fazem parte do tecido corporal, sendo formados por proteínas e subdivididos em estruturas maiores, como a cutícula, córtex e medula, além da relação com ácidos graxos e aminoácidos”.
![Fonte: Cinemanikor / Shutterstock.](img/slide-14.png)
Fonte: Cinemanikor / Shutterstock.
1. Tipos
Existem os seguintes tipos de pelo:
2. Estrutura
Os pelos possuem duas partes:
Falaremos sobre a raiz mais à frente. A haste, por sua vez, pode se subdividir em quatro partes:
Localizado entre a medula e a cutícula, ele é responsável pela elasticidade, resistência e fixação dos pigmentos dos cabelos.
Parte mais central do fio de cabelo. Além de ser a matriz dele, serve como caminho dos pigmentos e dos lipídios secretados pelas glândulas sebáceas.
Seu papel é manter a boa saúde capilar e garantir a proteção das cutículas e do córtex.
Parte mais externa do fio, a cutícula é composta por células sobrepostas como as telhas de uma casa. Elas formam uma barreira protetora de agentes químicos, sendo as responsáveis pelo brilho, pela proteção e pela porosidade do fio.
Representação dos cortes anatômicos do fio de cabelo:
![Fonte: Ellen Bronstayn / Shutterstock.](img/slide-17.png)
Fonte: Ellen Bronstayn / Shutterstock.
3. Fases
Conhecê-las é uma tarefa importante para que nós consigamos identificar e compreender com maior precisão as características e as possíveis afecções que envolvem o cabelo.
As fases do ciclo capilar se dividem em três:
1
Anágena
Esta primeira fase compreende o período do crescimento capilar. Em condições normais, tal processo pode durar de um a sete anos.
Catágena
O cabelo finaliza seu crescimento, enquanto a raiz dele se desprende da papila. Esta fase dura entre duas e três semanas.
2
3
Telógena
Esta é a chamada fase do repouso. A papila fica inativa neste período e a raiz do cabelo se retrai (como demonstra a figura o lado), deixando espaço para o crescimento do novo cabelo dentro do folículo.
![Fonte: Shutterstock](img/slide-19-b.png)
Este período dura de três a quatro meses. Após o término desta fase, a papila dará início a outro ciclo e um novo cabelo vai se desenvolver, empurrando o velho fio para fora do folículo.
Recomendação
Em tempos de pandemia como a do Covid-19, a lavagem dos cabelos acaba sendo uma forma de prevenção. No entanto, é bom ter cuidado: o estresse, a escovação e a secagem podem levar a um processo mais acelerado da queda capilar.
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Enumerar as propriedades físico-químicas do cabelo com base na definição de embriologia e histologia do pelo
Pele
Demonstraremos agora sua composição, histologia e embriologia:
1. Composição
Segundo Santos (2016), a pele é composta por
Constituída de tecido epitelial estratificado pavimentoso queratinizado, a epiderme é subdividida em quatro camadas ou estratos:
![Fonte: Jose Luis Calvo / Shutterstock.](img/slide-29.png)
Corte histológico em microscopia representando as camadas da epiderme. Fonte: Jose Luis Calvo / Shutterstock.
Basal: Contém as células-tronco da epiderme, cuja atividade mitótica é intensa. São produzidas nesta região os queratinócitos, que são células da pele. Também estão localizados nela as células de Merkel e os melanócitos responsáveis por produzir a melanina (que dá cor aos cabelos);
Espinhoso: Seu nome se deve aos pontos de contato entre as células. Conhecidos como pontes intercelulares, esses pontos têm a aparência de espinhos. Este estrato ainda contém as células de Langerhans, que são as apresentadoras de antígenos. Com isso, ele pode ser um coadjuvante nos processos de dermatite alérgica por contato;
Granuloso: Os queratinócitos modificam a expressão gênica e passam a sintetizar as proteínas envolvidas na queratinização, ou seja, eles preparam a queratina que vai recobrir toda a parte mais externa da pele (a que vemos superficialmente). Por causa da pressão associada a esta região apical, as células se tornam pavimentosas (forma cúbica); além disso, elas apresentam grânulos basófilos (cor roxa) observáveis pelo microscópio, diversificando-as das demais regiões;
Córneo: Trata-se da camada mais externa da epiderme. Nesta região, as células morrem; com a perda de seu núcleo e de suas organelas, sobra somente a queratina. Ela é responsável pela impermeabilidade da pele, protegendo-nos do meio externo.
Formada por tecido conjuntivo, sua camada pode ser subdividida em derme:
![Fonte: Shutterstock](img/slide-30.png)
Corte histológico mostrando região da epiderme e da derme (coloração mais clara). Fonte: Jose Luis Calvo / Shutterstock.
Papilar: Formada por tecido conjuntivo frouxo;
Reticular: Ocupa a maior parte da derme, sendo constituída por um tecido conjuntivo denso não modelado.
A derme ainda contém os anexos cutâneos. Eles são constituídos por:
Vasos sanguíneos;
Vasos linfáticos;
Nervos;
Terminações de neurônios sensoriais.
De acordo com Parussolo (2016), as terminações nervosas livres que envolvem os folículos pilosos funcionam como mecanorreceptores (sensoriais).
![Fonte: Kateryna Kon / Shutterstock.](img/slide-31.png)
Corte histológico de região hipodérmica com a presença de tecido adiposo. Fonte: Kateryna Kon / Shutterstock.
O tecido conjuntivo e a hipoderme (camada subjacente à derme) são tecidos intimamente ligados, dando sustentação à pele e a conectando aos órgãos. Sua classificação ocorre de acordo com a composição das suas células.
O tecido conjuntivo adiposo é composto por células ricas em ácidos graxos (gorduras). A hipoderme apresenta esse tecido, cuja função não se limita à de um reservatório energético: ele também é responsável por fazer o isolamento térmico, a modelagem da superfície corporal, a absorção de choques e o preenchimento para a fixação de órgãos.
2. Histologia
Você Sabia?
Você sabe como os pelos se desenvolvem? Eles se originam de invaginações na epiderme, ou seja, folículos pilosos constituídos de bainhas radiculares (interna e externa) derivadas da epiderme.
![Fonte: Khlungcenter / Shutterstock.](img/slide-32.png)
Fonte: Khlungcenter / Shutterstock.
Atenção
Pelos mais finos não possuem a medula.
![Fonte: Jose Luis Calvo / Shutterstock.](img/slide-33.png)
Corte histológico de tecido epitelial com a presença e estruturas de suporte do pelo. Fonte: Jose Luis Calvo / Shutterstock.
3. Embriologia
Quando o embrião começa a se desenvolver, ele pode ser dividido em três camadas:
![Fonte: Adaptado de Mundo ecologia.](img/slide-34.png)
Ectoderma, mesoderma e endoderma. Fonte: Adaptado de Mundo ecologia.
A epiderme e seus anexos (unhas, cabelos, pelos e glândulas sudoríparas, sebáceas e mamárias) provêm do ectoderma, ou seja, de um desenvolvimento embrionário. A derme se diferencia do mesoderma subjacente ao ectoderma.
O mesoderma somático dá origem à derme que recobre os membros e o abdômen, enquanto a que descende da crista neural tem origem ectodérmica, recobrindo a face e partes do pescoço. No segundo mês embrionário, a epiderme se constitui da camada:
![Fonte: Shutterstock](img/icone-mais.png)
No sexto mês, após a morte e a descamação das células da epiderme e a diferenciação das demais camadas, a epiderme, conforme já destacamos, apresenta os seguintes estratos: basal, espinhoso, granuloso e córneo. Graças à presença de queratina, essas células são chamadas queratinócitos.
A queratinização faz com que a pele se torne uma barreira impermeável e protetora. Isso é importante nesse momento da gestação, pois a urina começa a se acumular no líquido amniótico, tornando-se necessária uma impermeabilização.
No fim do primeiro trimestre, são encontradas na epiderme:
Queratinócitos
Sua função é proteger o material genético da radiação ultravioleta (UVA, UVB).
Saiba Mais
Os raios ultravioleta do tipo A e B (UVA e UVB) e infravermelho são emitidos pelo sol. Eles têm um papel importante para a vida, já que participam, por exemplo, da produção da vitamina D, sendo fundamentais na manutenção do nosso sistema imunológico e na calcificação dos ossos. No entanto, seu excesso também pode provocar danos, como câncer de pele e manchas (melasma), dois fenômenos mais ligados aos raios UVA.
A principal diferença entre ambos é que os raios UVA possuem a capacidade de atingir a derme (camada mais profunda da pele) e passam com maior facilidade através das nuvens. Os UVB, por sua vez, normalmente são bloqueados na presença delas, mas podem provocar queimaduras mais superficiais na pele, deixando-a vermelha.
A morfologia e a distribuição dos pelos estão intimamente ligadas à derme (subjacente à epiderme). É no quarto mês que o feto exibe cabelos, cílios, sobrancelhas e finos pelos (lanugo). Sua função é proteger a pele do líquido amniótico. Eles caem pouco antes do nascimento, sendo substituídos por pelos conhecidos como vellus.
A composição molecular do cabelo consiste em 45% de carbono, 28% de oxigênio, 15% de nitrogênio, 7% de hidrogênio e 5% de enxofre. Os minerais essenciais são ferro, cobre, zinco, iodo, alumínio, cobalto e mais de 20 tipos de aminoácidos, sendo um dos principais a cistina, além de proteínas, sendo 90% delas a queratina. Apresentam também lipídios, gorduras, pentoses, glicogênio, ácido glutâmico e aproximadamente 12% de água, que controla umidade e temperatura.
(COSTA; ELGERSMA; 2017)
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Conquistas
Identificou as fases de desenvolvimento do couro cabeludo segundo a descrição da anatomia do pelo
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